Pr. David Silva

Pr. David Silva

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Bem Aventurados os Limpos de Coração

Bem Aventurados os Limpos de Coração – Mt. 5.8.

Leb é palavra hebraica para coração e aparece na Bíblia entre 835 a 870 vezes, a depender da tradução e, geralmente, o define como sendo o coração o Centro da Vida humana; embora a sociedade hodierna geralmente considerar que o cérebro é o centro diretor da atividade humana.

O sábio Salomão disse que o bem mais precioso que o homem pode possuir é o coração: "Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as saídas da vida." Pv 4.23.

Para a medicina o coração é o órgão responsável pela circulação sanguínea e consequentemente pela vida humana. Já para os poetas e para os apaixonados é o centro das paixões. E para a medicina chinesa é o Imperador dos órgãos.

Biblicamente falando, o coração pode ser considerado como algo que abarca a totalidade do nosso intelecto, emoção e volição.
O Senhor Jesus nos deixou uma visão claríssima sobre o que pode se esconder dentro um coração, como no capítulo sete do Evangelho de Marcos:
20 E prosseguiu: O que sai do homem, isso é que o contamina.

21 Pois é do interior, do coração dos homens, que procedem os maus pensamentos:

a. As prostituições,

b. Os furtos,

c. Os homicídios,

d. Os adultérios,

e. A cobiça,

f. As maldades,

g. O dolo,

h. A libertinagem,

i. A inveja, a blasfêmia,

j. A soberba,

k. A insensatez;

Todas estas más coisas procedem de dentro e contaminam o homem. (Mc 7.20-23).

Nesse texto Jesus não estava dizendo que as pessoas poderiam ou deveriam ser anti-higiênicas, não! Ele está usando uma situação material, física, para ilustrar a realidade espiritual.
Quando uma pessoa come um pão ou qualquer outro produto feito de massa e isso lhe causa uma azia, por exemplo, o problema não estava no alimento mas no seu estômago. Talvez a pessoa possa ter uma gastrite ou coisa do gênero e a massa só provocou uma reação a tal produto.

Em síntese, quando uma pessoa é contrariada por outra abre a sua boca e descarrega todo tipo de sujeira em forma de agressão verbal em cima daquela pessoa, é porque dentro dela estava armazenada toda aquela imundícia.
Pois a boca só fala do que o coração está cheio. Algumas até dizem que foi a gota que trasbordou o copo.

O Coração é exerce um privilégio muito grande sobre a vida humana. Se retirarmos algumas letras deste substantivo tão influente no corpo humano poderemos perceber o quanto ele pode decidir a nossa vida:
CORAÇÃO - retirando-se a letra C, fica a palavra Oração. Oração é o meio de comunicação com o nosso criador (Deus). É um elemento de vital importância para a saúde espiritual. Devemos orar com humildade e paciência para agradecer a Deus todos os bens recebidos, bem como para solicitar algum auxilio pessoal ou coletivo.

ORAÇÃO - retirando-se a letra O, fica a palavra Ração. Ração representa o nosso alimento e os nutrientes essenciais para a vida. Devemos selecionar inteligentemente os alimentos necessários para uma existência com mais Qualidade de Vida e Saúde (Espiritual?)

RAÇÃO - retirando-se a letra R, fica a palavra Ação. Ação representa as nossas atitudes e comportamentos perante a vida. Devemos ter atitudes positivas, construtivas e cooperativas com a nossa vida e a de nossos semelhantes.

AÇÃO - retirando-se a letra A e o cedilha, fica a palavra Cão. Cão é o representante do mundo dos animais irracionais, portanto se as minhas atitudes não forem compatíveis com os quatro primeiros itens, então a minha vida não será nada mais do que um mundo animal e irracional (c.

Pense nisso, analise a sua vida e veja onde se enquadra o seu estilo de vida.

Você está se comportando como um racional ou irracional? (Rm.12.1-3)

Sendo ele o centro do intelecto, nele as pessoas podem:
a. Saber as coisas – Dt 8.5:“Saberás, pois, no teu coração que, como um homem corrige a seu filho, assim te corrige o Senhor teu Deus”

b. Orar (1Sm 1.12,13),

c. Meditar – Sl 19.14:Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, Rocha minha e Redentor meu!

d. Esconder ou guardar – “Escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti.” (Sl 119.11)

e. Maquinar males – Sl 140.2: os quais maquinam maldades no coração; estão sempre projetando guerras

f. Pensar – Mc 2.8:Mas Jesus logo percebeu em seu espírito que eles assim arrazoavam dentro de si, e perguntou-lhes: Por que arrazoais desse modo em vossos corações?


g. Duvidar - Em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar; e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, assim lhe será feito. (Mc 11.23).
h.

i. Gurdar: Lc 2.19: Maria, porém, guardava todas estas coisas, meditando-as em seu coração.

j. Creem para a salvação no coração (Rm 10.9).

Todas essas ações do coração são primordialmente fatos a envolver a mente. Portanto, ter um coração puro é ter uma mente limpa. E Só quem tem uma mente limpa poderá ver a Deus.
Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti. IS. (26.3)

“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.” (Fl. 4: 7)

CONCLUSÃO:

Se ter um coração puro é ter uma mente limpa, o segredo de se manter uma mente limpa é seguir a receita do apóstolo Paulo: Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. (Fl.4.8).

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

O CRENTE PODE FAZER USO DE BEBIDA ALCOÓLICA?

Segundo a Bíblia, Jesus transformou a água em vinho. Ele também tomou vinho na ceia com seus discípulos. Também aprendemos, dentre as muitas simbologias existentes na Palavra de Deus que o vinho é o símbolo da alegria (Sl 104:15; Ec 10:19). Tantas alusões ao vinho fazem com que muitos crentes não vejam problema algum em beber um “vinhozinho” de vez em quando, afinal, “a bíblia condena é o embebedar-se”. Assim, “um pouquinho só não é pecado, pecado é ficar bêbado!” – dizem muitos.


Mas será que isso é verdade? Será que essa afirmação é realmente bíblica?
De uma forma bem sumária, vamos procurar entender o que realmente Deus nos fala em sua Palavra sobre o crente e o álcool:


Em primeiro lugar, vamos fazer um retorno aos originais bíblicos: O "vinho" na Bíblia é o produto da uva. Frequentemente se refere a uma bebida alcoólica semelhante a tais bebidas hoje. Mas, a palavra "vinho" é também usada na Bíblia para descrever o produto não fermentado da uva -- o que nós chamamos suco de uva.


O tipo de vinho usado pelos judeus antigos não era idêntico ao de hoje. Tratava-se de um suco de uva recém-espremido, obtido de uma uva do tipo passas ou do xarope da uva, misturado com água. A proporção da água diluída no vinho, fermentado ou não, podia ser até de 20 por 1. Era considerado indelicado servir vinho fermentado sem diluí-lo em água, o qual não poderia, nem mesmo, ser abençoado pelos rabinos.


Além disso, a fermentação do vinho era dado de forma natural, uma vez que não havia naquela época as técnicas que existem hoje de se acrescentar álcool às bebidas. Ou seja, o vinho que temos hoje não é o mesmo que o daquela época, sendo o de hoje muito mais forte, embora ambos – o vinho atual e o vinho fermentado antigo – sejam embriagantes.


De volta aos originais:

Três vocábulos distintos são empregados no AT para designar três espécies de vinho:


1º) Yayin – Gênesis. 9:21, Nee 56:18. É o mais usado, porque aparece nada menos de 140 vezes. É um termo genérico empregado indistintamente, sem considerar se o vinho é fermentado ou não.


2º) Tirôsh - Deut. 12:17. Empregado 38 vezes. Ao contrário da palavra anterior, esta se refere sempre ao vinho não fermentado, ou seja, ao puro suco da uva. Algumas vezes é traduzido como vinho novo ou "mosto".


3º) Shekar – I Sm 1:15, Nm 6:3. Tem uma conotação negativa e normalmente é traduzido por bebida forte. Os escritores do AT a empregam 23 vezes. Prov. 31:6 – "Dai bebida forte (shekar) aos que perecem, e vinho (shekar) aos amargurados de espírito”. Refere-se a bebidas fermentadas feitas de outras frutas, como a romã, maçã ou tâmara.

É interessante saber que na Septuaginta (tradução do hebraico para o grego, feita por setenta sábios judeus) a palavra oinos foi empregada para traduzir as hebraicas yayin e Tirôsh, mas nunca para shekar ou bebida forte.


As referências ao vinho no NT são mais escassas do que as encontradas no AT. Seus escritores também empregaram três vocábulos gregos, que podem ser traduzidos para a nossa língua por vinho: oinos; sikera; gléukos. Destas três, a mais usada é oinos (aparece 36 vezes), tendo o mesmo sentido de Yayin no hebraico, e que na Septuaginta, como já vimos, traduz também o hebraico Tirôsh. A palavra sikera aparece apenas uma vez em Luc. 1:15 – "João Batista não bebia vinho (oinos) nem bebida forte (sikera)." De modo idêntico o vocábulo gléukos só foi usado uma vez em Atos 2:13. Outros zombando diziam: "Estão cheios de mosto (gléukos)."


Deste modo, temos em hebraico diferentes palavras com o mesmo referente em português, e uma mesma palavra em grego para designar diferentes coisas. Então, da mesma maneira que nossa palavra "bebida" tem que ser entendida no contexto (poderia ser água, refrigerante, suco, cerveja ou vodca, dependendo do contexto), o sentido de "vinho" nas Escrituras tem que ser determinado pelo contexto.

Vale aqui uma pequena digressão para uma breve aula teórica sobre tradução: a tarefa de traduzir nem sempre é uma tarefa tão simples como se pode parecer. As mais de 6000 línguas existentes no mundo não são arranjadas perfeitamente entre si. Elas se diferem em muitos aspectos e são, de certo modo, um reflexo da cultura de cada povo. Nem sempre temos para cada palavra em uma língua uma palavra correspondente na outra, que tenha o mesmo exato significado.


Vejamos um exemplo bem simples. Em português temos a palavra céu, que significa tanto o lugar onde estão as nuvens quanto o lugar de habitação de Deus, dos anjos, das pessoas que morrem salvas, etc. Daí, dizermos que os anjos são seres celestes, ou celestiais. Temos também a palavra paraíso, mas é menos usada. Normalmente dizemos em enterros: “Ela descansou e agora está no céu, nos braços do Pai!”.


Entretanto, em inglês há duas palavras bem distintas para céu: Sky (Céu de nuvens) e heaven (paraíso) e uma nunca é usada no lugar da outra. Assim a frase (sem contexto): “Meu pai está no céu” é ambígua em português, já que ele pode estar morto, mas também pode estar viajando de avião. Já em inglês, essa ambigüidade é desfeita, pois eu digo: “My father is at the sky” ou “My father is in the heaven”.


Deste modo, se um tradutor inglês precisar passar a frase “Meu pai está no céu” para sua língua, ele terá um problema (a não ser que esta venha dentro de um contexto). Esse é um simples exemplo, mas existem outros mais complicados que dificultam em muito a vida de um tradutor.


E o vinho que JESUS bebeu na santa ceia?

Será que dessa vez o vinho era fermentado? Novamente analisemos os fatos: em primeiro lugar, nas passagens que relatam a Ceia do Senhor, não encontramos a palavra oinos, mas a expressão “fruto da vide” (Mt 26:29, Mc 14:25, Lc 22:18), que se refere ao suco de uvas natural, uma vez que a vide, obviamente, não produz vinho fermentado.


Em segundo lugar, nenhum agente fermentador (seor) deveria ser usado nos elementos da ceia (Ex. 12:19-20; 13:7). O fermento, ou Seor, era obtido da espuma espessa da superfície do vinho quando em fermentação. Além disso, todo hametz (qualquer coisa fermentada) era proibido durante a páscoa. Além disso, a fermentação simboliza a corrupção e o pecado (Mt 16:6,12; I Co 5:7-8). Será que a Santa Ceia poderia ser celebrada com o símbolo do pecado? “O valor de um símbolo se determina pela sua capacidade de conceituar a realidade espiritual”.


Assim se o pão representava o corpo de Cristo e deveria ser asmo, ou seja, não fermentado, o fruto da vide, que representava o sangue de Cristo, também deveria ser não-fermentado, uma vez que o corpo e o sangue de Cristo não apresentaram corrupção.


A restrição do uso de bebidas alcóolicas não se limita aos exemplos de Jesus (o que, por si só, já seriam mais que suficientes). Mas se estende ao longo do NT (1 Coríntios 6:9-10, Gálatas 5:19-21; 1 Pedro 4:3-4; Romanos 14:21).


Muitos crentes que querem beber álcool, lançam mão de I Tim. 3:8 e 5:23. Entretanto, examinando a palavra, descobriremos logo que o jovem pregador Timóteo, que conhecia as Sagradas Escrituras desde a sua infância, era um consciencioso e rigoroso abstêmio.


Quanto ao texto de Tm 3:8, Muitos dizem que o errado é se dar a muito vinho, ou seja, pouco vinho não seria o problema. Mas analisemos o texto: Embora este conselho de Paulo seja difícil de ser explicado, se pensarmos bem sobre ele, e se o pesquisarmos em fontes sadias, concluiremos o seguinte: o termo grego usado é oinos:

- Se Paulo aqui se refere ao vinho fermentado, ele está em contradição com suas próprias declarações quanto ao cuidado do corpo (I Cor. 6:19 e 10: 31) e em oposição à orientação geral da Bíblia no tocante a bebidas intoxicantes (Prov. 20:1; 23:29-32; João 2:9).

- Se sua referência era ao uso do suco de uva não havia necessidade desta advertência.

Concluímos assim que, neste conselho, Paulo adverte àqueles que exercem liderança dentro da comunidade cristã para não incorrerem neste vício, porque este os incapacitaria para o correto desempenho de sua tarefa.


Analisando o texto de Tm 5:23, percebemos que o apóstolo Paulo lhe aconselhou o uso de um pouco de vinho, como remédio, por causa dessas suas enfermidades.


Notemos, porém, que o termo oinos, usado neste texto, sendo empregado, às vezes, no sentido de vinho doce, não diz com clareza se era vinho novo e doce ou fermentado, o que Timóteo devia usar; mas mesmo que fosse vinho fermentado, existe muita diferença entre o uso de um pouco, no caso de doença, e o beber vinho fermentado de preferência ao novo e doce, sob uma infinidade de pretextos fúteis, desprezando assim a Palavra de Deus, que, no Velho Testamento, proíbe, em 134 textos diferentes, o uso do vinho fermentado, e, no Novo Testamento, coloca na categoria de libertinos, idólatras, maldizentes, adúlteros, ladrões e assassinos, os bebedores de vinho dessa qualidade (I Cor. 6:9 e 10; Gál. 5:19-21; etc., etc.), deixando bem claro que os bêbados não herdarão o reino de Deus." – do folheto "vinho" de Walter G. Borchers págs. 9 e 10.



Alguns comentaristas crêem que Paulo aqui defende o uso moderado de vinho fermentado para propósito medicinais. Chamam a atenção para o fato de que aquele vinho assim tem sido usado através dos séculos.

Outros sustentam que Paulo se refere ao suco de uvas não fermentado, arrazoando que ele não daria conselho inconsistente com o resto das Escrituras, que advertem contra o uso de bebidas intoxicantes (veja Prov. 20: 1; 23: 29-32)." SDABC vol. VII, pág. 314.


E ainda que admitamos que Paulo aqui aconselha o uso de vinho fermentado, o estudo da passagem de 1 Tim. 5: 23 nos leva à conclusão de que neste caso Paulo está tratando de um caso isolado e especial – um problema de doença. Em suas demais epístolas ele sempre defendeu total abstinência do vinho, como nos comprovam Rom. 14:21 – ". . . é bom não beber vinho..." Efésios 5:18 "... Não vos embriagueis com vinho. . ." Deste modo, não é justo alguém apoiar-se nesta passagem para defender o uso do vinho com álcool.


Outro caso encontrado no NT é o da igreja em Corinto que estava, por falta de conhecimento, cometendo alguns sacrilégios. Eles estavam usando vinho fermentado na Santa Ceia e isso não agradou nem a Deus, nem ao apóstolo (ICor.11:21). Paulo disse que isso não era digno de nenhum louvor (ICor.11:17), mas sim de grande vergonha. Isso foi chamado de comer e beber indignamente ( ICor.11:29). Foi causa de mortes antes do tempo de alguns cristãos (ICor.11:30).
Outra passagem a ser citada é a declaração de Paulo em Ef.5:18, que mostra que a plenitude do Espírito depende de nossa vida de santificação. Parece que os irmãos de Éfeso achavam normal beber e ser cristãos, mas a prova que isso é impossível é bradada por Paulo: “não vos embriagueis”. O Espírito não fica onde há sujeiras e embriaguez. Não há como se embriagar de Vinho e ser cheio do Espírito ao mesmo tempo.


Além de tudo isso, apelemos também ao nosso bom senso: o servo de Cristo deve sempre analisar o efeito de seus atos sobre o próximo: "É bom não comer carne, nem beber vinho, nem fazer qualquer outra cousa com que teu irmão venha a tropeçar" (Rom. 14:21). Mesmo que o cristão pudesse beber moderadamente, de qualquer modo esse texto ainda o estaria proibindo na maioria dos casos. A bebida alcoólica leva tantos cristãos a cair, que aquele que tenta ajudar o seu irmão a não tropeçar certamente não lhe dará o exemplo, bebendo diante dele.


Ainda a Palavra fala que devemos evitar toda aparência do mal. Ora, se o crente é popularmente conhecido, entre entras coisas, como uma pessoa que não bebe, um crente que se mostra bebendo está, obviamente, dando mal testemunho, ainda que esteja bebendo apenas um gole, pois, as pessoas que estiverem ao seu redor assistindo à cena não poderão saber se é ele está realmente bebendo apenas um gole ou não: beber, ainda que apenas um gole, é uma aparência de mal.


Por Ana Maria Tavares (Prof. da EBD de Juvenis)


Fonte: http://www.mocidadedejesus.com.br/index.php?centro=noticia&idnoticia=500

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

É possível um cristão entrar em depressão?

Sim, qualquer pessoa pode entrar em depressão, tendo ou não conhecimento de Deus. Muitos santos de Deus do Antigo e Novo Testamento são vistos em momentos de profunda depressão e desespero.

Jó é um que sabia muito bem o que era sentir-se deprimido:


"Na angústia do meu espírito... na amargura da minha alma... de modo que eu escolheria antes a estrangulação, e a morte do que estes meus ossos." Jó 7:111-16


Ao contrário do que muitos cristãos pensam, que um cristão só passa por depressão se estiver com algum problema em sua vida ou comunhão com o Senhor, encontramos Paulo também profundamente deprimido em mais de uma ocasião, como ele mesmo conta em 2 Coríntios 7:5:


"Porque, mesmo quando chegamos à Macedônia, a nossa carne não teve repouso algum; antes em tudo fomos atribulados: por fora combates, temores por dentro. Mas Deus, que consola os abatidos [deprimidos], nos consolou com a vinda de Tito".


A palavra "abatidos" aparece traduzida em algumas versões como "deprimidos". Portanto, ao referir-se que Deus consola os deprimidos, Paulo estava falando de sua condição naquele momento. A pressão que ele sofria, tanto de seus perseguidores como das responsabilidades que tinha para com o povo de Deus chegavam a limites humanamente intoleráveis em muitas ocasiões:


"Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira oprimidos acima das nossas forças, de modo tal que até da vida desesperamos". 2 Coríntios 1:8


Em situações assim até o apóstolo Paulo, que geralmente é considerado um exemplo de cristão, precisava ser ajudado por seus irmãos quando o desânimo caía sobre si. Foi o que aconteceu ao chegar à Itália, profundamente desanimado com as coisas que lhe tinham ocorrido nos dias anteriores. Ele, que no navio em meio à tempestade serviu de ânimo aos passageiros e tripulantes (Atos 27:26), agora precisa ser animado por outros:



"E de lá, ouvindo os irmãos novas de nós, nos saíram ao encontro à Praça de Ápio e às Três Vendas, e Paulo, vendo-os, deu graças a Deus e tomou ânimo". Atos 28:15



E se pensarmos no que o Senhor sofreu nas horas que antecederam a cruz e também enquanto estava pregado nela antes de Sua morte, será que encontraremos alguém mais deprimido, mais desesperado da vida e mais desanimado? Diante dos horrores que tinha diante de Si, em Sua oração ele chegou a derramar gotas de suor como de sangue e precisou ser confortado por um anjo.


Veja como o salmista descreve os sentimentos do Senhor (muitos salmos são proféticos e revelam os sentimentos do Messias) no Salmo 38:6-17:



"Estou encurvado, estou muito abatido, ando lamentando todo o dia... Estou fraco e mui quebrantado; tenho rugido pela inquietação do meu coração... O meu coração dá voltas, a minha força me falta; quanto à luz dos meus olhos, ela me deixou... Quando escorrega o meu pé... Porque estou prestes a coxear; a minha dor está constantemente perante mim."



Se ao passar por uma depressão você se sente encurvado, abatido, fraco, quebrantado, inquieto, sem forças, em total escuridão, prestes a escorregar e a cair, então saiba que não está sozinho.


O próprio Senhor Jesus já experimentou todos esses sentimentos. A única diferença foi que ele não tinha, como nós temos, o pecado agindo em Si ou a possibilidade de pecar como nós temos.


Mas Ele prometeu não nos abandonar quando essas mesmas dificuldades nos sobreviessem.


"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei". Mateus 11:28



O Senhor deu aos que crêem nEle o Espírito Santo, que o próprio Senhor chamou de "Consolador". Oras, um Consolador só tem alguma utilidade para pessoas que estão desconsoladas, desanimadas e deprimidas. A quem um Consolador iria consolar se os cristãos fossem super-homens e super-mulheres vivendo acima de qualquer depressão, desespero ou tristeza profunda?



A depressão pode ser decorrente de algum problema em nossa vida espiritual, algum pecado não confessado, falta de fé, negligência na oração e até influência de espíritos malignos. Mas, antes que aqueles que gostam de rotular as pessoas com a rapidez com que Davi condenou o homem que tomou a única ovelha do pobre (2 Samuel 12), saiba que também pode não ser nada disso.



A depressão pode ser também circunstancial, por estarmos envolvidos em coisas que nem mesmo nós sabemos quais são, isto é, pode não ser culpa nossa. Foi o que aconteceu com Daniel no período em que passou por uma depressão profunda que durou três semanas



"Naqueles dias eu, Daniel, estive triste por três semanas. Alimento desejável não comi, nem carne nem vinho entraram na minha boca, nem me ungi com ungüento, até que se cumpriram as três semanas". Dn 10:2.



Daniel vai descobrir depois que a razão daquilo era uma batalha espiritual que ocorria em função de suas orações. Ou seja, a depressão pode ocorrer como consequência do que está no mundo invisível, seja por nossa falha ou por nossa fidelidade.



Há, porém, outras formas de depressão que não têm origem espiritual, mas física. Nosso corpo é controlado por hormônios e substâncias químicas que causam verdadeiros rebuliços em nosso humor.


Mulheres que conhecem os efeitos da tensão pré-menstrual sabem o quanto seus corpos e mentes podem ser afetados pelas mudanças que ocorrem no organismo nesse período.



Antes de descobrirem a causa de problemas físicos como a epilepsia, tudo era considerado problema espiritual e muitas pessoas sofreram severos danos por causa da ignorância. Infelizmente ainda hoje muitos, por ignorância ou para defender suas crenças, infligem sofrimentos e danos a pessoas que sofrem de depressão ou problemas mentais que, às vezes, nada mais são do que reações do organismo.



Lembro-me quando, em minha adolescência, minha mãe quase morreu depois de um período de depressão profunda que a levou a emagrecer demais e a passar dias sem querer sair da cama ou comer.


Vários médicos foram consultados até um descobrir que seu problema era de uma disfunção em uma glândula. Um tratamento adequado resolveu o problema e ela voltou a ser a pessoa ativa que era antes da doença.



O recurso para todo cristão está em Deus e no Senhor Jesus, que sabe tudo o que passamos. Mas é importante também entendermos que Deus pode querer usar algum instrumento para realizar a Sua obra em nós, do mesmo modo como usou uma vara para abrir o Mar Vermelho, uma pasta de figos para curar Ezequias (2 Rs 20:7) ou um pouco de vinho para a enfermidade que Timóteo tinha no estômago. (1 Tm 5:3).



Por isso é bom entender que Deus pode querer que recorremos a médicos e medicamentos para sermos curados de enfermidades como a depressão, que aflige um número cada vez maior de pessoas.


Mas, do mesmo modo como a vara que Moisés usou, ou a pasta de figos de Ezequias, não podia fazer nada por si só, assim o cristão deve estar ciente de que Aquele que às vezes permite que passemos por situações de depressão como Jó e Paulo passaram só permite isso porque tem um propósito.


Esse propósito talvez não esteja muito claro na hora do problema, mas certamente um dia ficará, e então veremos que a Sua vontade foi sempre a melhor para nós.



Os santos de Deus da antiguidade recorreram Àquele que podia tirá-los daquela depressão, e foram atendidos.



Nós temos o mesmo Senhor a Quem recorrer.


por Mario Persona



Fonte: http://www.respondi.com.br/2007/10/e-possivel-um-cristao-entrar-em.html

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O SENHOR TEM O SEU CAMINHO NA TORMENTA E NA TEMPESTADE

O SENHOR TEM O SEU CAMINHO NA TORMENTA E NA TEMPESTADE

NA 1:3



· Lendo este texto da Palavra de Deus nesta oportunidade, tenho a certeza que o Senhor tem uma mensagem para cada coração que aqui está.



· Quero compartilhar algumas verdades que este texto nos leva: O Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade ... - Na 1:3



1. O FATO DE ESTARMOS SALVOS NÃO SIGNIFICA QUE ESTAMOS LIVRES DA TORMENTA E DA TEMPESTADE


· Atos 27 – Paulo um santo homem de Deus, não foi livre da tormenta e da tempestade


· Naõ faz muito tempo, chamou a minha atenção o anúncio na placa de uma igreja – “ENTRE E PARE DE SOFRER”


· Sabemos que isto não é verdade – Jo 16:33; At 14:22; Rm 5:3-5


· A Confissão Positiva, a Teologia da Prosperidade e o Triunfalismo – São doutrinas que trazam no seu bojo uma ênfase excessiva ao “não sofrimento”


-“Você não pode permanecer doente, isto é falta de Fé...” -“Pobreza, carestia, falta de bens materiais, não condiz com so filhos do Rei.”


· Podemos ficar sem teto – Mas, - Fp 3:20


· Podemos ficar sem Pão – Mas, - Sl 23:1


· Podemos ficar desempregados - Fp 4:19; Hb 12:5


· Podemos ser perseguidos, apezinhados – Is 54:17


· Podemos ficar doentes, mas Ele é nosso Médico – Ex 15:26; 23:25


· Podemos ir até a U.T.I. – Sl 23:4


· Podemos chegar à morte, não tem problema – Rm 14:8




2. A TORMENTA E A TEMPESTADE NÃO TEM O PROPÓSITO DE NOS DESTRUIR



· Nenhuma das provas vindas de Deus visa a nossa destruição, Não! Mas sim nosso aperfeiçoamento. Visa criar em nós resitência.


- Sabe de onde vem a palavra crise? Vem de crisol - de onde temos a palavra acrisolar - que quer dizer, deixar forte, firme...


- Aí a gente ora: “Senhor, vem acrisolar a minha fé!” - E, aí Deus responde: -Meu filho, para acrisolar tua fé, é preciso crise...


· “Eu te peço paciência” – Senhor: Então receba tribulação (Porque a paciencia só vem pela tribulação)


“Senhor me dá Vitória” - Deus responde e manda muitas lutas (Pois não existe vitória sem lutas)


Senhor, dá-me Obediência - Deus responde e manda aflição (Pois a fornalha da aflição nos obedientes a Deus)


“Senhor, dá-me Força, poder...- Deus responde e faz-nos sentir nossas fraquezas e debilidades” (Porque o Seu Poder somente se aperfeiçoa na fraqueza)


Note que nestes dois textos paulinos, o verbo PRODUZIR, está intrincicamente ligado a palavra TRIBULAÇÃO:


· Rm 5:3 – A Tribulação produz


2 Co 4:17 – A tribulação produz


Ilustr:( Vejo a tribulação como um Antígeno - o elemento estranho ao organismo, quando este penetra em nossa corrente sanguinea - no mesmo instante, o corpo faz a leitura e acusa a presença do intruso - é produzido a partir disto imediatamente um pelotão de soldados de defesa do organismo – os Anticorpos. A tribulação produz defesa em nossa vida espiritual - que maravilhoso)


· Somos como uma pedra bruta – Mas, nas mãos do divino Escultor


· Somos como ouro tirado da terra – (Fogo – cadinho – escórias)


· Somos como a madeira bruta – Até o Carpinteiro de Nazaré chegar...


· Somos como o barro – nas mãos do oleiro


· Sl 119:67 “Antes de ser afligido andava errado, mas agora guardo a tua Palavra.”


· Jó – É o típico exemplo de que a tormenta e a tempestade, visam não destruir, mas moldar, aperfeiçoar, promover...


-1o. Mensageiro – Os bois lavravam e as jumentas... – bando dos sabeus


-2o. Mensageiro – Caiu fogo do Céu e matou as ovelhas e os moços


-3o. Mensageiro – Camelos todos roubados – 3 bandos dos caldeus


-4o. Mensageiro – Estando teus filhos... – vento, caiu a casa...todos morreram


-Jó humilha-se e adora a Deus – Jó 1:20-22


-A indiferença de sua mulher – Jó 2:9-10


-A dureza de seus 3 amigos – Elifaz, Bildade e Zifar


- As triunfantes respostas de Jó – Jó 19:25; 13:15


3. VOCÊ NÃO ESTÁ SÓ NA TORMENTA E NA TEMPESTADE


· Salmo 46 – Vejamos


· At 27:23 – (Deus estava com Paulo no meio daquela tempestade)


· Mt 8:23-27


· Sl 107:21-30


Por Pr. Marcos Antonio

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Por que Deus Nos Leva ao Deserto?

Deus, às vezes, nos leva ao desertos para imprimir o Seu Caráter em nós. Êxodo 17.1

Moisés foi ao deserto como fugitivo, após matar um homem;

Jacó foi ao deserto por ter trapaciado o irmão, também com fugitivo;

Elias foi ao deserto com fugitivo por causa de perseguição

O Senhor Jesus foi conduzido pelo Espírito Santo para vencer o inimigo;


Quantas vezes Falamos: Estou Passando Por um Derto?
Alguns são conduzidos, outros vão espontaneamente.


Características do Deserto:

É Inabitável
É Frio (à noite abaixo de zero grau)
É Quente (acima de 50graus)
É Perigoso (Serpentes escorpiões)
É lugar escuro (à noite)

Tudo depende do ponto de vista:

Pode representar o dois eatágio da vida cristã (Quente ou frio)


Mas Pode ser:


Lugar de sacrifício: Abraão andou por três dias e fez um sacrifício (Gn. 22;);

lugar de encontro com Deus – Moisé viu a sarça (Êxodo 3);

lugar de Cura – Nas Águas de Mara, no Deserto do Sinai, Deus tratou o povo (Êxodo 15);

Lugar de suprimento – Foi no Deserto que Deus derramou o Maná (Acaso pode Deus preparar-nos uma mesa no deserto? Sl. 78:19);

Ellias foi sustentado no deserto (I Rs. 17);

Lugar de vencer o inimigo – Jesus (Mt 4,1), o deserto não foi uma obra nem uma vitória do diabo, mas foi obra do Espírito Santo.

O Espírito Santo impeliu, levou, guiou Jesus para o deserto. O próprio Filho de Deus, o Deus em carne, teve que passar pelo deserto.

Lugar de tratamento e disciplina (Dt. 8.1-16);

Lugar de transição entre a humilhação e a honra (II Sm. 9.1-13);

Deus estava com o menino, que cresceu e, morando no deserto, tornou-se flecheiro. Ismael (Gn. 21.20);

Mefibosete é um exemplo que o deserto pode ser um lugar de transição entre a vergonha e a honra.

O nome “Mefibosete” em hebraico é composto por duas palavras; a primeira significa: “despedaçado”, e a segunda: “vergonha”. Creio que toda essa história, o ESPÍRITO SANTO escreveu para revelar nosso próprio estado decaído vergonhoso e vil. Assim é a expressão do nosso coração despedaçado pelo pecado, envergonhado diante de Deus e dos homens.

Em 2 Sm 9.8, Mefibosete ao chamar-se de "Cão morto", ele usa as palavras descritivas para lembrar que ele era uma criatura desprezível, vil e indigna O pecado transtorna tanto o ser humano que afinal o torna desprezível aos seus próprios olhos, formando uma auto-imagem negativa de si mesmo, incapaz de perceber que em Jesus Cristo ele se torna uma nova criatura.

Mefibosete -, que era filho de Jônatas e, provavelmente, estava na linhagem real. Fora nascido para ser príncipe, mas vivia no deserto. A Palavra de Deus diz que Mefibosete era aleijado de ambos os pés.

LO-DEBAR É DESERTO, É LUGAR DE FUGA!

Lo-Debar é um lugar seco e árido, inóspito, onde nada se planta e nada se colhe. Em deserto, lugar de areia e sol escaldante não adianta plantar nada mesmo. É um lugar de desolação, tédio, solidão, depressão, tristeza, é de fato um lugar de fuga.


No Deserto o Povo de Israel viu a Mão de Deus sobre eles e experimentaram da Sua Bondade:

a. Na noite, tinha uma coluna de Fogo – Espírito Santo;

b. Coluna de nuvem (Alívio de dor e sofrimento);

c. Deu-lhes o Maná – Alimento Espiritual (Cristo);

d. Fez fluir água da Rohca (Cristo) que dá Água (Refrigério, Cura, Paz e Salvação).

Por isso, se você é servo(a) de Deus e se encontra passando por um deserto, e tem certeza que tem procurado fazer a vontade dEle, glorifique ao Senhor; pois Ele está te tratando, curando as tuas feridas, te adestrando para te fazer um(a) vencedor(a) e, no final, você vai cantar o hino da vitória, porque Deus vai te fazer bem! (Dt. 8.16).


Pr. David Silva

terça-feira, 30 de novembro de 2010

PROVAÇÃO, FRUSTRAÇÃO E DESERTO

Gn. 22.1-5.

São experiências comuns em nossa vida cristã. Como compreendê-las e vencê-las?

Nesses momentos costumamos ser derrotados e frustrados, ainda mais quando vemos a Bíblia ordenando-nos alegrias nestas horas (Tg 1:2, I Pe 1:6, I Pe 4:12-13).


O que é provação e tentação? Provação e tentação são a mesma coisa? Há diferenças? Porque em algumas Bíblias aparece a palavra tentação, e em outras o mesmo texto apresenta a palavra provação?


Na Bíblia a palavra traduzida como tentação ou provação é a mesma: "peraismos". Quer dizer teste, prova.


Há vários tipos de provas (I Pe 1:6) a que podemos ser submetidos: perseguições, doenças, problemas sérios, oposição desencadeada por Satanás, aparente distância de Deus, etc...


Todos estes tipos de testes são "provações".

Há um t
ipo especial de provação, que é aquela desencadeada por Satanás, visando nossa derrota e valendo-se de uma cobiça interior nossa para acenar-nos com algo que tenta induzir-nos ao pecado. Esta prova é uma "tentação". Este tipo maligno de "peraismos" Deus não faz. É o que diz Tiago 1:13-15.


A diferença entre tentação e provação é mais didática do que prática, pois freqüentemente se confundem. Toda tentação é uma provação e toda provação pode vir a ser uma tentação. Basta para isso que Satanás nos induza ao pecado, em meio à provação. Vide o exemplo de Jó, que sendo provado foi tentado, Jó 2:9.


A aparente distancia de Deus, também é às vezes um teste, visando provar nossa fé em suas promessas constantes. Este teste é o que chamamos "deserto espiritual", sensação de vazio.


QUAIS AS CAUSAS DE NOSSAS PROVAÇÕES?


1° O mundo: Depois do pecado este mundo foi condenado a cardos e abrolhos, tristeza, dor, morte, aflição, desamor, ódio, egoísmo e toda sorte de males. O mundo está preso a isto até o dia de sua transformação (Rm 8:19-22). Mesmo nós, crentes e salvos, enquanto vivermos neste corpo e neste mundo estamos sujeitos a estes sofrimentos,
Rm 8:23.


As aflições são marcas deste mundo. (Jo 16:33), e Deus não pode fornecer agora um mundo perfeito a todos nós imperfeitos. (Ex.: Dois jovens crentes amam a mesma moça, e oram a Deus, cada um pedindo que Deus lha dê, livrando-o da aflição de esperar por ele. Como Deus solucionará isto?).
Sofrimentos inerentes ao mundo imperfeito, com homens imperfeitos: doenças, intrigas, dificuldades financeiras, guerras, catástrofes, etc, também os crentes passam porque estão neste mundo.


2° Satanás: Ele é o príncipe deste mundo, e tenta afastar o homem de Deus principalmente os salvos. Assim, além de seu grau de ódio normal contra o homem, há uma oposição mais ferrenha contra nós. Ele produz toda sorte de tentações que possamos imaginar (I Pe 5:8, II Tm 3:12, Lc 22:31).


3° A permissão e o controle de Deus: O que diferencia o filho de Deus, salvo, do ímpio é que os sofrimentos inerentes a este mundo, e os ataques de Satanás, só são feitos sob a permissão e o controle de Deus, chegando somente ao ponto máximo de nossa resistência, sem ultrapassá-la.

Além disto Deus nos fornece nesta hora poder para escape, servindo-nos tudo isto como teste de fé, I Co 10:13. Deus é fiel! A nossa garantia e descanso nas horas de sofrimento e provação, é fidelidade de um Deus eterno, amoroso, e que não mente Hb 6:18. Basta a você, a garantia da Palavra de Deus? Você confia na sua fidelidade? II Tm 2:13.


Porque Deus permite as provações? Quais são seus objetivos?


1. Qualificar nossa fé - I Pe 1-7 como o ouro é provado valioso pelo fogo, e ao mesmo tempo é purificado de impurezas.Tal sucede com nossa fé. A provação é o fogo (mesmo que seja aceso por Satanás).


2. Multiplicar nossa fé - Como um músculo é exercitado com pesos e esforços para crescer, assim a fé, para que não se atrofie precisa ser exercitada com "pesos". "O justo vive pela fé" - quanto mais fé, mais vida. Quanto mais provação mais fé e mais vida.


3. Produzir virtudes em nós - Tg 1:3 e 4, Rm 5:3 e 4.


4. Recompensar-nos no fim de tudo - Tg 1:12, I Pe 1:7, I Pe 1:13 e 14, I Pe 5:10, Rm 8:18, II Co 4:17.


5. Torna-nos íntegros - Tg 1:4, integridade é mais valioso do que inocência. Integridade é manter-se reto diante de provas.


6. Revelar atributos - Há atributos de Deus que só conheceremos nas provações. Amor, perdão, poder...


7. Corrigir-nos e disciplinar-nos - Hb 12:4-8.


8. Glorificar o Seu Nome - Jo 9:3 e 11:4


9. Conduzir-nos a Ele, buscando-O nas horas difíceis (Sl 34:6, Sl 119:71).


O QUE É DESERTO?


Porque algumas vezes nos sentimos vazios: Frios, Deus parece que não nos ouve?


Deus está conosco, Jesus prometeu estar conosco todos os dias até a consumação do século, o Espírito Santo faz morada em nós. Portanto a Trindade está sempre conosco. No entanto eu posso sentir isto ou não. Posso ver isto ou não. Quando eu não sinto ou não vejo Deus comigo (Deserto), me vem uma sensação de vazio e frieza espiritual. Mas Deus não quer isto, Ele quer que pela fé (Hb 11:1) eu cria que Ele está comigo, e haja abundância de vida mesmo no deserto (Sl 84:6) Jó 35:14.


Deserto é dificuldade de ver e sentir Deus presente, embora Ele sempre esteja (Sl 34:18).


Há 3 causas diferente de Deserto:


Deus nos faz passar por momentos assim:


I. Se Deus quer trabalhar em nossa fé, e fé é ter convicção de fatos que não se vêem, muitas vezes Deus permite que não o sintamos presente para lançarmos mão de fé.


"Ele está aqui, embora não o sinta".


Exemplo: Ex 14; 15:22,27; 16:12; 17:1, Dt 8:15 e 16,
Mt 4:1, Sl 23:2-4, Jr 17:7 e 8, Mt 14:22-25.


II. Pecados ou voluntários afastamentos de Deus. Este tipo de deserto não é propriamente uma provação mas conseqüência de derrota espiritual.


O pecado afasta-os de Deus, e o abandona da oração e da leitura da Bíblia, nos traz também frieza espiritual.


II Sm 11; 12:6; Sl 51:11.


III. Peculiar característica física ou temperamental.


I Rs 19:4. Elias era homem de Deus e muito abençoado. Não fora Deus quem o conduzira ao deserto, e nem pecado, mas um problema, uma ameaça o fez entrar em depressão.


Elias era um Melancólico. Todos temos um pouco do temperamento melancólico, mas há pessoas marcadamente melancólicas, que constantemente estão em desertos.


Os melancólicos são introvertidos, escrupulosos, meticulosos, exigentes, pensadores, auto depreciadores.


COMO AGIR NOS DESERTOS


1. Usar a fé e não sentidos II Co 5:7, crer que Deus está ali mesmo que não o veja ou o sinta.


2. Manter vida devocional, mesmo que não haja "o calor da sua presença".


3. Preservar enquanto durar o deserto.


O de Jesus durou 40 dias.


O dos Judeus 40 anos.


O seu durará enquanto você necessitar.


4. Se houver pecado, confesse-o.


5. Se estiver doente vá ao médico.


6. Deixe o Espírito mudar seu temperamento, se for este o seu caso.


COMO AGIR NAS PROVAÇÕES

DE MANEIRA GERAL?


1. Confiar nas promessas.
I Co 1:13, I Pe 1:5, I Pe 4:10, Mt 26:20.

2. Perseverar ao lado do Senhor, descansando - I Pe 5:7.

3. Opondo-se e resistindo ao diabo e às tentações.
I Pe 5:8 e 9, Tg 4:8.


4. Alegrar-se nas bênçãos provenientes das provações
I Pe 1:6.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O VASO NAS MÃOS DO OLEIRO

Jr. 18.2

O que significam as figuras da olaria nos projetos de Deus?


O OLEIRO:

Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai; nós somos o barro, e tu o nosso oleiro; e todos nós obra das tuas mãos. (Is. 64.9)


O BARRO:

Ai daquele que contende com o seu Criador! o caco entre outros cacos de barro! Porventura dirá o barro ao que o formou: Que fazes? ou dirá a tua obra: Não tens mãos? (Is. 45.9)

Nós somos o barro e o Senhor é o Oleiro, Desde a criação do homem que Ele lida com o barro (Gn 2.7).

A AMASSADEIRA:

Muitos de nós queremos ser vasos moldados e usados por Deus, mas não queremos passar pela amassadeira de Deus. Porque ali se pisa no barro ou se coloca a mão nele, e o aspecto daquela caixa de madeira é de lama e sujeira.

Precisamos entender que o primeiro passo na formação de um vaso é ser barro nas mãos do Oleiro e o segundo passo é entrar na amassadeira de Deus.

A ÁGUA:

Em todas as amassadeiras o oleiro usa água para amolecer o barro. Eis uma figura maravilhosa do Espírito Santo no processo da confecção dos vasos de Deus.

A RODA DO OLEIRO:

A roda é a mesa de trabalho do oleiro. Enquanto caminhamos na presença dEle, Ele vai nos conduzindo e moldando.

O FORNO:

E farei passar esta terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro. Ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é meu Deus. (Zc. 13.9).

Resistir ao fogo de Deus é rejeitar o processo de formação de Deus. É pelo fogo que o vaso será provado

domingo, 28 de novembro de 2010

Qualides de um Obreiro Aprovado

Todo obreiro precisa demonstrar que realmente ele é chamado e aprovado por Deus por meio dos seus atos e atitudes, os quais revelam as suas qualidades.

Dentres as muitas qualidades que são inerentes ao caráter de um obreiro aprovado e, tomando At. 5.22 e 23 por base, quero aqui listar algumas:

a. Deve ser extremamente obediente às ordens recebidas (22 e 23)

b. Saber reconhecer a obra de Deus na vida dos outros (23)

c. Não pode inveja ao ver Deus usando o seu companheiro (23)

d. Deve se esmerar na Palavra para poder promov er o ensino ao povo de Deus (23)

e. Tem que ser reconhecido por todos que realmente é um homem (ou mulher) de Deus

f. Tem que ser cheio de fé (23)