Pr. David Silva

Pr. David Silva

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

JESUS É O MAIOR EXEMPLO EM TREINAR LÍDERES

Devido à responsabilidade das funções a serem exercidas por aqueles que formam a liderança da igreja, é que se deve investir na formação dos seus oficiais. O Senhor Jesus – que é Mestre por excelência e o maior especialista em treinamento de líderes – não pegou homens de qualquer maneira para passar a responsabilidade de propagar o Evangelho, mas primeiro orou pelo os seus futuros discípulos (Jo. 1:37-42); depois os chamou (Mc. 1:16-17), em seguida Jesus tratou com o caráter deles (Mt. 5); para depois treiná-los (Mt. 10 e Lc. 10), Ele os capacitou (Jo. 20:19-23), dando-lhes as últimas instruções (Lc. 24:44, Mt. 28:18) e, por fim, Ele os enviou (Mc. 16:15-20, At. 1-2, 8).
REQUISITOS ESSENCIAIS DO LÍDER
Lendo todo o capítulo cinco do Evangelho de Mateus, vamos observar que o Senhor Jesus, tratando com o caráter dos Seus futuros líderes, mostra-lhes que, para representar o Reino de Deus aqui na Terra, existem alguns requisitos que são indispensáveis aos embaixadores deste Reino. Ele os faz compreender que, felizes são aqueles que reconhecem a sua pobreza espiritual, e que, deixando de lado toda autodependência, procuram a graça redentora de Deus (Mt. 5:3).
O Mestre os faz entender que, se eles desejassem fazer a Sua obra e serem bem-sucedidos, eles precisavam se esvaziar do seu ego e deveriam reconhecer a sua pequenez diante da grandeza de Deus. O Senhor Jesus queria que eles entendessem que, os que choram não são simplesmente pessoas consternadas e consumidas pelo remorso, mas são aquelas que verdadeiramente passam pelo pesar do arrependimento. Quem age dessa forma é um bem-aventurado! (Mt. 5:4). O Senhor mexeu nos sentimentos mais íntimos dos Seus discípulos. O objetivo era curar o interior deles. Ele mostrou para eles que, para fazer parte do Seu Reino é preciso ser manso (Mt. 5:5).
Porém, manso não é ser fraco, mas sim, de uma energia controlada. A palavra: “manso” tem as conotações de humildade e autodisciplina. Manso descreve aquele que é: Admirável, acolhedor, agradável, afável, favorável, atencioso, benigno, encantador, civilizado, cortês, dócil, conveniente, pacífico, propício, prazeroso, esperançoso, promissor, sorridente, comedido, equilibrado, policiado, corajosos, ousado etc.
Um líder tem que ter estas qualidades, para cumprir o que o Senhor Jesus recomenda: ser “misericordioso” (Mt. 5:7). Misericórdia no grego é “Eleemon”, que é a junção de duas palavras: “Eleeo”, que significa “ter piedade”, e “Eleemosune”, que significa “compaixão pelos pobres”. É uma palavra gentil, compassiva, solidária, misericordiosa e sensível; que combina intenção com ação. Uma pessoa com essas qualidades encontra vazão para sua natureza misericordiosa.
O discípulo tem que desenvolver essas qualidades nobres. Sem essas virtudes, além do líder correr o risco de matar vidas, ao invés de salvá-las, ele ainda poderá ferir-se, no desempenho do seu ministério e ser privado da graça de Deus (Hb.12.15). Por isso, o Senhor Jesus ensina que, verdadeiramente felizes são aqueles que mantêm os seus corações limpos, puros (Mt. 5:8). Dos Vs. 5:9-12, Jesus revela aos discípulos o Seu ministério: “ser pacificador”! Ele ensina que como Deus é o Pacificador supremo, os seus filhos devem seguir o Seu exemplo.
Ele os prepara para que, no desempenho das tarefas diárias, eles não viessem a desistir, devido às perseguições que um líder sofre. Eles teriam que enfrentar as mentiras, as calúnias, as prisões, os açoites, as torturas e até mesmo a morte por amor a Deus. O Senhor ensina aos discípulos que ao invés de parar, eles deveriam exultar e alegrar-se pelo fato de sofrer pelo Reino de Deus, pois grande lhes seriam os galardões nos céus! Sobre essa questão, Pereira alude:
“As qualidades de um líder são aquelas com as quais ele consegue atingir seus intentos. O líder consciente não é apanhado de surpresa pelos acontecimentos, porque já planejou como atingir seus intentos. Ele não espera as coisas acontecerem, pois as faz acontecer.”
De fato, a citação posta merece especial atenção. O apóstolo Paulo, como um verdadeiro discípulo de Cristo (I Co. 11:1), que muito sofreu como servo e não negou a fé (II Tm. 4:6), disse que os líderes devem suportar as dificuldades ministeriais, e jamais podem promover escândalo em coisa alguma, para que os seus ministérios não sejam censurados.
Pelo contrário, antes, como ministros de Deus, devem tornar-se recomendáveis (ser exemplo) em tudo; na muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidade, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerda, por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como enganadores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo bem conhecidos; como morrendo, e eis que vivendo; como castigados, e não mortos; como contristados, mas sempre alegres; como pobres, mas enriquecendo a muitos; como nada tendo, e possuindo tudo. (II Co. 6:3-10).
(Extraído do Livro: ORIENTAÇÕES BÍBLICAS PARA UMA LIDERANÇA EFICAZ).

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